quinta-feira, 17 de julho de 2008

Ciao Amore, Ciao Amore


De acordo com um artigo de Rodrigo Viga Gaier – Rio de Janeiro (Reuters - 17.07.2008 às 08:06):

"Cacciola foi condenado a 13 anos de prisão pela Justiça brasileira por crimes financeiros. Ele deixou o país em 2000, logo após conseguir um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), concedido pelo então presidente da corte, ministro Marco Aurélio Mello.
Depois que o habeas corpus foi revogado, Cacciola, que já estava na Itália, "decidiu" não voltar ao país, como afirmou nesta quinta-feira.
O ex-banqueiro foi preso em Mônaco em setembro do ano passado.
O escândalo envolvendo Cacciola ocorreu em 1999, durante o processo de desvalorização do real, quando o Banco Central socorreu os bancos Marka e FonteCidam, com 1,6 bilhões de reais.
O BC justificou na época a ajuda às duas instituições como uma medida para evitar um possível risco sistêmico para o mercado financeiro do país.
O ex-banqueiro disse estar tranqüilo e insistiu que confia na Justiça brasileira. "Estou voltando preso, mas é bom lembrar que outras pessoas que foram condenadas comigo neste processo estão trabalhando e livres, ganhando o seu dinheiro", afirmou.
"Não estava fazendo nada diferente do que eles estão fazendo aqui. Respondo todos os processos e estou sempre à disposição da Justiça. A diferença é que eu estava na Itália", acrescentou.
Cacciola irá para o presídio de Ary Franco, na zona norte do Rio, onde passará por uma triagem e segue depois para o presídio de Bangu 8, segundo informou seu advogado."

A Itália se despediu de Salvatore (Ciao Amore, Ciao Amore), e o Brasil recebe o ex-banqueiro Salvatore Cacciola...
Por certo não o recebemos com muitas boas-vindas, uma vez que suas ações não são muito dignas de apreciação e estima. Talvez o único que o recebeu de braços abertos foi o “Cristo Redentor” – que, diga-se de passagem, é o único que recebe homens de má fama.
Nossa esperança é que cada um dos personagens que invadem os noticiários jornalísticos, sejam, de fato, penalizados por suas ações irresponsáveis e, principalmente, não passem impunes.

francamente
joerley@gmail.com