O ideal é construir uma sociedade que viva a verdade do evangelho de Jesus de Nazaré. Uma sociedade justa, solidária, pacífica, que desfrute de seus direitos e cumpra seus deveres. Este espaço é um lugar de reflexão ao inconformismo. "Os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça" - Jesus de Nazaré
quarta-feira, 6 de março de 2013
Royalties... eu também quero!
Royalty é uma palavra inglesa derivada da palavra "royal", que significa "aquilo que pertence ao Chefe de Estado, ou é relativo ao rei, monarca ou nobre Inventor, que se encontra sob a guarda do rei para o bem do Estado, por ser de real interesse deste e da Nação".
Fiquei pasmo quando presenciei o senador Renan Calheiros presidindo a reunião que vota "sim" ou "não" ao veto do governo federal, relativo a fornecer o direito a alguns estados de receberem dinheiro por motivo da extração de petróleo em alto mar, ou seja, na costa brasileira.
Primeiro porque Renan Calheiros já tem soado mal há tempo. Segundo porque essa história está deixando claro os interesses políticos dos Estados, em "meter" a mão no dinheiro.
O discurso é que não sendo vetado o direito dos royalties aos Estados, o povo, atentem bem a este pormenor, o povo obterá participação no lucro dos investimentos efetuados pela Petrobrás. Ora, isso é uma vergonha... Desde quando o povo participa de alguma operação governamental, seja federal, estadual ou municipal? É óbvio, é evidente que este dinheiro irá para os cofres particulares destes senhores inescrupulosos. São verdadeiros piratas que invadem o mar tentando demarcar território, para trazerem tesouros em suas próprias embarcações.
A costa brasileira é brasileira, e não fluminense, paulista ou capixaba. É o povo brasileiro, Deus queira, que está recebendo da Petrobrás os resultados de investimentos feitos em território marítimo, que até onde sei, é federal e não estadual. Não defendo o governo federal, até porque tenho minhas desconfianças também, no entanto, é ridículo ver governadores e amigos de governadores brigarem por direitos de dinheiro.
Será que o povo acredita mesmo que tal dinheiro irá ser compartilhado? Será que os governadores costeiros pensam que todos os brasileiros são idiotas em acreditar que tal dinheiro servirá mesmo para ser revertido em investimentos no Estado solicitante?
O ardor em apoderar-se de dinheiro público é tão grande que não há mais disfarces. Notamos claramente a obstinação de nossos governadores de praia em colocar as mãos no dinheiro. Uma federação deveria ter a obrigação de se portar com sinergia, buscando o bem comum a todos, e não defendendo os seus eleitores, que no fim da história, já sabemos que irão perguntar: "Cadê o dinheiro que foi aprovado pelo governo federal?" É óbvio que os governadores responderão que foi investido no Estado para bem da população. No entanto, na prática, não haverá nenhuma mudança no quadro caótico destes Estados que frustre nossa desconfiança; mas sim, assistiremos novamente uma nova modalidade de desvio de dinheiro federal que entra nos Estados, e que vira poeira, ou talvez, que se perdeu no mar mesmo... algum tubarão branco que veio e abocanhou.
Um brinde aos nossos piratas do Caribe. Eles exploram terra e mar, só falta o céu...
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